"A Luz do Fogo" de Sophie Jordan

Nº de páginas: 293

Preço (Bertrand): 15,00€

Editora: Livros d’Hoje

Ano de lançamento: 2011

“Marcada como especial numa idade precoce, Jacinda sabe que cada movimento seu é controlado, mas anseia pela liberdade de poder fazer as suas próprias escolhas. Quando quebra o princípio mais sagrado entre a sua espécie, quase chega a pagar por isso com a própria vida. Até ser salva por um belo desconhecido. Um desconhecido que foi enviado para caçar aqueles que são como ela. Jacinda é uma «draki» – descendente de dragões cuja maior defesa é a habilidade secreta de mudar para a forma humana.

Forçada a fugir para o mundo mortal com a sua família, Jacinda esforça-se por se adaptar ao seu novo ambiente. A sua única luz é Will. Um jovem lindo e evasivo que devolve a vida ao seu «draki» interior. Embora se sinta irresistivelmente atraída por ele, Jacinda sabe o segredo obscuro de Will: ele e a sua família são caçadores. Deve, por isso, evitá-lo a todo o custo. Mas o seu «draki» interior está a morrer lentamente – se ele morrer, ela será humana para sempre. Mesmo que isso signifique ficar mais perto do seu mais perigoso inimigo”

O meu comentário:

Um livro muito interessante onde nos é apresentada uma nova criatura mística parente dos dragões já nossos conhecidos de outras histórias, nomeadamente o «Ciclo da Herança» de Christopher Paolini.

Muitos críticos, e com razão, afirmam que esta colecção de Jordan é a Saga Twilight mas com dragões.

Tal como na famosa saga de livros da autoria de Stephenie Meyer, temos: uma jovem que é obrigada a deixar o local que considera casa; a paixão por rapaz misterioso, que lhe chama logo à atenção fazendo-se sentir; um amor impossível entre os protagonistas, sendo esta contra a sua natureza; e o facto da rapariga querer, inicialmente, a todo o custo, escapar da sua nova vida, mudando depois de ideias ao se aproximar do seu amado e começar a viver um romance.

Contudo, apesar das semelhanças, as histórias não são nada parecidas como devem calcular. Esta obra torna-se muito interessante porque não toca em temas já muito batidos nos livros de hoje em dia, deixando-nos sempre com vontade de mais, deixando-nos cheios de curiosidade em relação ao mundo de Jacinda.

Também temos presentes diversos momentos de tristeza, que nos deixam um pouco à beira das lágrimas. As passagens onde Jacinda se lembra da sua anterior vida, do seu pai, em que lamenta que a mãe vá vender as jóias da família são muito emotivas e fazem-nos ficar ainda mais cativados por esta personagens, que é incompreendida pela única família que tem, mãe e gémea, querendo estas acabar com aquilo que mais preza na sua existência – o seu «draki» interior.

Depois temos os conflitos. O facto de, se regressar, ter de casar com um rapaz que não ama, unicamente para conseguir repovoar o clã com mais cuspidores de fogo, de estar perdidamente apaixonada por um jovem que é um caçador da sua espécie, de descobrir que a família de Will ter sido a suposta responsável pela morte do seu pai…

Como podem ver este livro é interessante, de leitura fácil e faz-nos passar um bom tempo, fazendo-nos esquecer dos nossos problemas, o que bem nós precisamos tendo em conta a crise que atravessa o país.

“Poderes míticos e um romance de tirar o fôlego inflamam a história de uma rapariga que desafia todas as expectativas e cujo amor atravessa quaisquer obstáculos”