Nº de páginas: 494
Preço (Bertrand): 21,90€
Editora: Editorial Presença
Ano de lançamento: 2012
“Pagford é uma idílica cidade inglesa, com uma praça principal em pedra de calçada e de uma antiga abadia. No entanto, este belo cenário não passa de uma aparência que esconde uma cidade em guerra. Os ricos em guerra com os pobres, os adolescentes em guerra com os pais, as mulheres em guerra com os maridos, os professores em guerra com os seus alunos… Pagford não é o que parece à primeira vista. A história começa quando Barry Fairbrother, membro da Assembleia Comunitária, morre aos quarenta e poucos anos. Pagford entra em estado de choque e o lugar que ficou vazio torna-se o catalisador da guerra mais complexa que alguma vez ali se viveu. No final, quem sairá vencedor desta luta travada com tanto ardor, duplicidade e revelações inesperadas? É a partir de um enredo intricado que J.K. Rowling cria um universo ficcional minucioso e consistente, a que não falta um toque de noir, caracterizando as personagens e respetivos estratos sociais com uma grande sensibilidade e a lucidez de quem sabe observar a partir de múltiplos pontos de vista”
O meu comentário:
J.K. Rowling, quem não conhece este nome? Certamente a escritora da minha infância e pré-adolescência.
Como muitas vezes já referi, foi graças ao seu trabalho em «Harry Potter» que fiquei desperta para o fantástico mundo dos livros, levando-me a sonhar, a imaginar, a desejar… Momentos esses que relembro com certa saudade.
Agora que os livros há muito tiveram o seu término, assim como os filmes há dois anos, o mundo entrou novamente num enorme burburinho ao saber-se que esta iria lançar uma nova obra, sendo, desta vez, o público alvo os adultos.
Como fã do seu trabalho lá fiquei toda empolgada, atrasando unicamente a minha leitura devido ao preço da obra em questão, já que tenho desembolsar o meu escasso financiamento mensal em comida e outros bens, não me sobrando muito para livros [posso dizer que os livros em segunda mão e as trocas têm sido uma grande opção].
E pronto, lá para o final do mês de Julho lá consegui a obra a troca, podendo finalmente dedicar-me à sua leitura… e a coisa começou por não correr lá muito bem…
No prólogo do livro o leitor presencia a morte de uma das personagens mais baladas de todo o livro – Barry Fairbrother – ficando com a ideia de que a obra vai girar em torno da sua morte tentando descobrir-se a razão da sua morte. Umas páginas mais à frente essa teoria cai por terra, entrando em acção um enorme conjunto de personagens, tornando-se até um pouco confuso identificar quem é quem.
Desse modo, acabei por ficar reticente na leitura da obra… Não havia suspense, não havia romance, … não havia nada! Só um conjunto de páginas a falar da balada história da cidade e das irritantes ideias dos seus cidadãos, das suas vidinhas tudo menos que perfeitas, dos seus segredos…
Até cheguei a comparar o aborrecimento sentido com aquele por que passei na leitura dos primeiros capítulos d’ «Os Maias».
Sendo muita a vontade de desistir, lá consegui aguentar e li o livro até ao fim (apesar de ter custado um bocado).
Tendo chegado ao fim, admito que consigo compreender a ideia da autora ao redigi-lo, assim como as ideias passadas por tal. Na verdade, ao compreendermos a mensagem, que penso, que esta nos quer passar, conseguimos ver a história um pouco por outros olhos.
Porém, não deixo de ficar um pouco desiludida com o enredo, visto que não era bem o que eu estava à espera.
Claro que a velha J.K. que conhecemos pode ser aqui encontrada na escrita [até os diálogos muito semelhantes à forma diacção das personagens estão presentes], no vocabulário utilizado [se bem que aqui estão presentes vários palavrões e uma linguagem mais aberta com a qual não tínhamos grande contacto]…
Uma obra de que não gostei totalmente, mas que também não posso dizer que tenha sido uma candidata às favoritas do ano [nem ficou muito lá perto]. Contudo, acho que deve ser lida, para se ver como é a vida e os conflitos numa pequena terra, tendo contacto com diversas classes sociais e famílias.
Boas leituras!
“Um grande romance sobre uma pequena comunidade, «Uma Morte Súbita» é o primeiro livro para adultos de J.K. Rowling. Uma contadora de histórias de raro talento”
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