Nº de páginas: 282
Preço (Bertrand): 16,60€
Editora: Quinta Essência
Ano de lançamento: 2010
Capri:
Uma ilha lendária, mergulhada em sabedoria e mistérios seculares…
Uma mulher que aprende finalmente a confiar na vida e no amor…
Mãe e filha separadas durante anos, à procura de uma forma de
enfrentarem juntas o futuro…
"Há dez anos, Lyra Davis deixou para trás as pessoas que mais amava, incapaz de reconciliar as expectativas da família com as aspirações do seu próprio coração.
Agora vive tranquilamente no meio de uma comunidade de expatriados em Capri, aprendendo devagar, com cuidado e pela primeira vez, a viver em pleno, desabrochando graças à amizade de um homem único que reconhece nela a sua alma gémea.
Em Newport, Rhode Island, Pell Davis está preparada para assumir o seu lugar entre a elite local. Porém, tanto ela como a irmã mais nova, Lucy, ainda suspiram pela mãe que as abandonou quando eram crianças, para serem criadas pelo pai que as adorava.
Pell acha que conhece os motivos da sua mãe, que julgava poder amá-las melhor se partisse. Mas agora, com o pai morto, Pell decide atravessar o oceano para encontrar a mãe de quem se recorda e as verdades escondidas que Lyra nunca fora capaz de contar…
Sentimental e inesquecível, O Verão das nossas Vidas revela como um romance improvável dá nova forma ao significado do amor e uma família resiste ao reavivar de memórias para encontrar um novo caminho”
O meu comentário:
Com uma sinopse destas quem não fica logo interessada na leitura deste fantástico livro? Pois eu fiquei e posso dizer que o adorei.
Com a descrição proporcionada pela editora, ficamos com a ideia de que o livro se baseará na relação de uma mulher com as suas filhas, depois de as ter deixado com o pai, tendo desaparecido das suas vidas. Porém, nada nos prepara para aquilo que encontramos nas suas páginas.
As 282 páginas desta obra estão mergulhadas em sentimentos tão profundos que não nos deixam mesmo respirar… A incompreensão da atitude tomada pela mãe, a sua dor por o ter feito e por outros actos, a perda enorme e ausência na vida das filhas…
Foram muitos os momentos em que dei por mim a lutar contra os sentimentos que me abraçavam para não me desfazer em lágrimas no meio da praia, onde decorreu grande parte da minha leitura.
A história é por si só marcante e inesquecível, mas para uma mulher e uma jovem torna tudo diferente. Eu vi mais a história do ponto de vista de Pell, visto que ainda não me coloquei no papel de mãe (tenho 19 anos, sendo 3 anos mais velha que a primogénita dos Davis), encontrando-me constantemente a pensar no que seria a minha vida se a minha mãe tivesse tomado atitudes semelhantes.
Como tal nunca aconteceu e apesar de termos as nossas desavenças (também quem é a jovem rapariga que não as tem?), digo sem sombra de dúvidas que tenho muita sorte na mãe, e, sendo mais abrangente, da família que tenho.
Muita gente não tem essa sorte ou passa por grandes problemas familiares e emocionais, e, conhecendo alguns desses casos, posso dizer que quem ter a sorte que eu tenho deve dar graças a Deus à sorte que tem e aproveitar esse facto.
Sendo ainda muito jovem, também posso referir que posso não ter vivido o livro assim tão intensamente, já que me foi um pouco mais difícil colocar no papel de Lyra, sendo mais fácil a alguém que já é mãe compreender as suas decisões e os seus medos.
Um livro que recomendo mesmo muito, qualquer que seja a situação em que o leitor se coloca. Claro que, às mais novitos, talvez seja melhor adiarem a leitura para um pouco mais tarde, podendo não compreender tão bem os temas tratados.
Por outro lado, devo dizer que o facto de ser em Capri e de poder dar um pouco largas à imaginação em relação à ilha italiana ajudou muito no meu interesse pela história e foi um papel fantástico para a história que se estava a desenrolar.
Só tenho uma crítica, sempre que se fazia a mudança de personagem devia-se deixar um espaço entre os momentos, o que não acontecia todas as vezes, tornando-se um pouquito confuso, tendo de regressar um pouco atrás.
Uma estreia que me levou a apreciar o trabalho desta autora, deixando-me em pulgas para outro contacto com esta.
“Mãe e filha reúnem-se num lugar onde os sonhos começam e onde podem ser finalmente realizados… Conseguirão elas abrir os seus corações?”
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