Trilogia do Círculo - “A Cruz de Morrigan” de Nora Roberts

Nº de páginas: 315

Preço (Bertrand): 18,85€

Editora: Chá das Cinco

Ano de lançamento: 2012

“Uma batalha entre as forças do bem e do mal está prestes a começar. De um lado Lilith, a vampira mais poderosa do mundo. Do outro, a deusa Morrigan, que tudo fará para a travar com o seu círculo…

Irlanda, século XII. O feiticeiro Hoyt está destroçado pela perda do seu irmão gémeo, transformado em vampiro pela poderosa Lilith. A deusa Morrigan está determinada a enfrentar Lilith e avisa Hoyt de que chegará um dia em que se formará um círculo de seis, destinado a enfrentar Lilith e a salvar a Humanidade. Hoyt usa os seus poderes para viajar à Nova Iorque dos dias de hoje onde descobre o seu irmão, um homem bem-sucedido mas frio e cínico, e pede-lhe auxílio na luta contra Lilith.

Mas o círculo não está completo sem os poderes mágicos da artista Glenna Ward. Hoyt não confia na magia dela, mas ambos farão tudo para alcançar os seus objetivos. E ao enfrentarem legiões de inimigos, apercebem-se de que o amor que cresce entre ambos poderá aumentar as probabilidades de derrotarem Lilith…”

O meu comentário:

Nora Roberts conquistou o seu lugar no top das melhores escritoras românticas graças a uma vasta obra composta por romances contemporâneos que já dura há mais de duas décadas (cerca de 200 livros originais publicados), tendo habituado todas as suas admiradoras a bons momentos onde o amor é a palavra de ordem.

Porém, não temendo afastar-se um pouco do habitual, esta passou por uma fase em que resolveu apostar numa trilogia mais sobrenatural onde podemos encontrar as criaturas que mais se encontram na moda nos nossos dias – os vampiros.

Assim, e passados alguns anos em que foi editada nos Estados Unidos, a «Trilogia do Círculo» chegou finalmente ao nosso país através do seu primeiro volume intitulado «A Cruz de Morrigan».

Neste o leitor é presenteado com o narrar de uma guerra entre humanos, vampiros e deuses que se inicia no século XII, quando o irmão de Hoyt, o protagonista masculino deste volume, é atacado e transformado por Lilith, a rainha dos vampiros. Não suportando a perda de Cian, o seu irmão gémeo, o jovem feiticeiro tenta enfrentar a sua maior inimiga, acabando por encontrar um inimigo muito poderoso que, apesar dos seus poderes e das suas tentativas, consegue acabar por escapar.

Entretanto, sabendo do sofrimento e do desejo de vingança presente em Hoyt, a deusa Morrigan acaba por lhe aparecer e explicar que foi o escolhido para liderar um grupo, um círculo de seis que tem como missão erradicar as temíveis criaturas da noite, salvando, assim, todos os mundos. O grande problema é que para o fazer este terá de partir para o futuro, mais propriamente a Nova Iorque atual, abandonado tudo o que conhece e toma como garantido.

Todavia, não tendo outra alternativa, este acaba por fazê-lo indo parar a um mundo totalmente diferente do que estava habituado, acabando por reencontrar o irmão e conhecendo Glenna, uma jovem bruxa que já o visitava em sonhos, iniciando-se, desse modo, o seu círculo constituído até ao momento por três seres totalmente diferentes.

Entretanto, à medida que o tempo passa e encontrando-se agora na Irlanda, mais propriamente na velha morada de família de Hoyt e Cian, os laços entre estes vão-se estreitando e aperfeiçoando, chegando, a pouco e pouco, mais membros que os ajudarão na luta para restaurar a paz e a segurança perante a noite.

O que eles desconhecem é que existe uma verdadeira arma que os tornará mais fortes, que os unirá para toda a eternidade e que os fará ter um futuro para que lutar – o amor.

Contudo, a seu tempo estes vão-se apercebendo deste facto através do feiticeiro e da bruxa que se tornam cada vez mais próximos e vítimas de um sentimento que os embeleza por dentro e lhes dá faz sentir algo desconhecido e que pensavam impossível.

O problema é que estes se encontram no meio de uma batalha, não havendo tempo para sonhos e distrações, visto que têm o grande problema de pertencerem a mundos e a épocas diferentes. Mas o amor ultrapassa todas as barreiras, certo? Esperemos que sim…

Uma obra que apesar de ser um pouco diferente é em tudo Nora: personagens muito elaboradas apresentando os seus defeitos e as suas virtudes; laços amorosos e familiares que nos levam a perceber e dar valor à importância de certos factos nas nossas vidas; uma linguagem corrida, apaixonante e fácil de ler; um casal que nos faz sonhar e desejar que encontrem um no outro aquilo que sonhamos para o nosso futuro; e, por fim, a presença de magia e da plena cultura irlandesa tão apreciada pela autora e que já nos chegou em tantos outras obras e trilogias como «Trilogia Irlandesa», «Trilogia da Herança»…

Já sabem que esta trilogia vale 100% do tempo investido nesta, não se tratando de um completo desperdício de dinheiro e recursos. Ainda por cima os dois próximos volumes prometem imenso, já sendo da nossa sabedoria a identidade dos casais de protagonistas.

Não se esqueçam do círculo constituído pelo feiticeiro (Hoyt), pelo que se perdeu (Cian), pela bruxa (Glenna), pela erudita (Moira), pelo que assume muitas formas (Larkin) e pela guerreira (Blair) e não desesperem porque eles estarão de volta em Maio com um novo volume intitulado «A Dança dos Deuses».

Boas leituras!

“Numa guerra entre deuses e homens, talvez só o amor faça a diferença”

NOTA: Informo todos os leitores que esta obra pode conter conteúdo sexual que pode ferir a sensibilidade de algumas pessoas. Se se acha preparado para desfrutar das suas páginas a responsabilidade é sua (dirigido aos mais jovens)

Aqui poderá aceder a um excerto da obra