Nº de páginas: 344
Preço (Bertrand): 16,60€
Editora: Quinta Essência
Ano de lançamento: 2009
“A força incomparável do verdadeiro amor numa história marcante de uma comunidade a braços com um mistério devastador e de uma mulher que recupera o amor que acreditava estar perdido para sempre.
Um jovem de dezoito anos sai de casa, numa noite de Verão, e é encontrado morto – assassinado – menos de vinte e quatro horas depois. As pessoas lamentam o trágico acontecimento, mas a vida continua. Contudo, e se o jovem fosse o nosso filho? Ou o nosso verdadeiro amor?
Quase um ano após a morte do filho, a cantora e compositora Sheridan Rosslare ainda não consegue tocar uma única nota. Refugiada na casa de praia, vive paredes-meias com as memórias e com uma dor demasiado profunda para partilhar com quem quer que seja. Nem tão-pouco consegue consolar a namorada de Charlie, Nell Kilvert. A jovem, por seu lado, não descansará enquanto não descobrir o que aconteceu de facto ao seu amor. Decide então chamar alguém que vai mudar a vida de todos – a alma gémea de Sheridan, Gavin Dawson.
Num barco ao largo de Hubbar’s Point, Gavin observa a casa da mulher que sempre amou. Sheridan havia também, um dia, acreditado no poder do amor. Mas essas crença morreu com o filho…
Profundamente emotivo, O Último Beijo evoca o poder do passado para sarar os corações partidos, mas também para reabrir velhas feridas, numa inesquecível história de amor”
O meu comentário:
OMG, ainda não caí em mim depois desta leitura…
Uma pessoa lê a sinopse e fica logo cativada para o enredo que a editora promete envolve-la, mas nada a prepara para aquilo que encontra ao dar o primeiro mergulho.
Em «O Verão das Nossas Vidas» encontrei uma história profunda em que duas miúdas perdiam a sua mãe, nesta obra acontece o contrário – uma mãe perde o seu filho para a morte. Duas situações que magoam de maneiras totalmente diferentes, mas que não deixam de nos tocar a alma e o coração, levando-nos a um grande sofrimento ao adoptarmos o papel dos “lesados”.
Na verdade, apesar da profunda tristeza de uma mãe – Sheridan Rosslare – o que mais me marcou foi o desespero de uma jovem que viu os seus sonhos, planos e futuro serem devastados com a perda do destinatário de todo o seu afecto. Sheridan sofreu muito com o sucedido, mas essa enorme dor foi dando lugar a uma tristeza que por sua vez deu lugar a saudade e “aceitação”, sendo tal conseguido graças não só à descoberta da verdade, como também ao regresso do homem a quem entregou o seu coração. Por outro lado, Nell tem a família e os amigos, mas nada mitiga a dor que sente ao recordar o verdadeiro amor que experienciou nos braços de Charlie. E Sheridan e Gavin, mais do que ninguém compreendem a situação em que se encontra.
No passado, o casal seguiu caminhos diferentes, uma situação que nunca ultrapassaram, mas que foi mitigada para Rosslare encontrando outro a quem entregar o seu amor – Charlie – sabendo que, apesar de tudo, a separação lhe tinha dado um filho (de outro homem, mas se tivesse ficado com Gavin nunca o teria).
Podem achar que sou um pouco frívola e que nada ultrapassa o amor de mãe, mas têm de compreender que as situações são diferentes, e que para mim talvez seja mais fácil colocar-me no papel de Nell tendo em conta a semelhança de idades. Mais uma vez, volto a dizer que talvez daqui a uns anos passe a colocar-me no papel de mãe e veja as coisas de maneira diferente.
Todavia, admitam lá que o “reencontro” nas últimas páginas não vos despedaçou o coração e vos deixou cheias de tristeza. Posso dizer que em todo o livro consegui controlar-me, mas nesse foi o momento em que verdadeiras lágrimas me escorreram pelo rosto, deixando-me furiosa com a injustiça da morte.
Agora só me resta imaginar um futuro para Nell desejando que encontre alguém a quem ame, mesmo que não seja com a mesma intensidade, aproveitando tudo aquilo que merece da vida. Na verdade gostaria muito que a autora redigisse algo sobre ela, mas isso significaria que ia passar por um mau momento e ela já teve a sua cota parte da vida.
Uma autora por quem, com a leitura de dois livros, já me apaixonei perdidamente, deixando sempre em pulgas para uma próxima oportunidade de contactar com o seu trabalho. Posso vê-la como uma mistura do drama de Nicholas Sparks, os romances de Nora Roberts e as paisagens de Elizabeth Adler (praia, mar, mergulhos).
Têm mesmo de começar a ler os livros desta americana!
“Nunca é demasiado tarde
para encontrar o verdadeiro amor
ou dizer finalmente adeus
a quem partiu para sempre”
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