Ciclo da Herança - “Herança” de Christopher Paolini

Nº de páginas: 845

Preço (Bertrand): 22,00€

Editora: ASA

Colecção: 1001 Mundos

Ano de lançamento: 2011

“Há pouco tempo atrás, Eragon – Aniquilador de Espectros, Cavaleiro de Dragão – não era mais que um pobre rapaz fazendeiro, e o seu dragão, Saphira, era apenas uma pedra azul na floresta. Agora o destino de toda uma sociedade pesa sobre os seus ombros.

Longos meses de treinos e batalhas trouxeram esperança e vitórias, bem como perdas de partir o coração. Ainda assim, a derradeira batalha aguarda-os, onde terão de confrontar Galbatorix. E, quando o fizerem, têm de ser suficientemente fortes para o derrotar. São os únicos que o podem conseguir. Não existem segundas tentativas.

O Cavaleiro e o seu Dragão chegaram até onde ninguém acreditava ser possível. Mas serão capazes de vencer o rei tirano e restaurar a justiça de Alagaësia? Se sim, a que custo?”

O meu comentário:

Muito tempo passou desde que tive nas minhas mãos «Eragon», o primeiro volume desta famosa tetralogia, devendo esse facto à adaptação cinematográfica que, desiludindo visto que não é tão boa como o livro, contribuiu para a conquista de uma grande legião de fãs.

Entretanto, os anos passam e Paolini foi-nos apresentado «Eldest» e «Brisingr», que, ao apresentarem mais páginas, trouxeram mais aventuras, batalhas, magia… aprofundando os nossos conhecimentos sobre Alagaësia e os povos que nela habitam.

Assim, como tudo tem um fim, e num ano em que diversos fãs se despediram de outra grande colecção literária («Harry Potter»), o tão aguardado último volume do «Ciclo da Herança» lá acabou por ser publicado, mundialmente, no dia 8 de Novembro, levando diversos admiradores deste mundo às livrarias com um desejo comum – aproveitarem da melhor maneira possível as últimas aventuras de Eragon e Saphira.

Sendo a fã que sou, lá desesperei até ao Natal pela oportunidade de poder passar pela situação em que muitos jovens como eu já tinham passado, começando a desfolhar as páginas do verde volume (sinal de esperança) até atingir o momento de despedida (a palavra FIM deixa sempre um vazio, não acham?).

Ao iniciar a obra fiquei totalmente vidrada com os factos relatados passando grande parte do meu tempo a pensar no que lia e no que esperava que acontecesse com os protagonistas e os seus amigos.

Tudo estava a correr bem: várias páginas mergulhadas em acção e batalhas sangrentas com o intuito da construção de uma espécie de império utópico; momentos de amizade e de amor que nos levam a dar valor aos nossos laços familiares, fraternais…; o desvendar de um grande segredo que irá mudar o destino de Alagaësia trazendo uma grande réstia de esperança…

Contudo, quando chegamos à batalha final e este tem o seu desfecho as coisas começam a descambar.

O novo dragão, Fínen, acaba por ser atribuído a alguém de que estávamos à espera ficando os fãs totalmente radiantes com o sucedido e imaginando uma quantidade de finais que acabam por ir por água abaixo.

Depois de tudo o que passamos em quatro volumes, em mais do que 2000 páginas, o autor, na minha opinião, desfaz todo o seu trabalho deixando grande parte dos seus admiradores insatisfeitos com o desfecho escolhido.

Quando li a última palavra ia-me dando um ataque. Como é que o autor foi capaz de terminar assim as aventuras da dupla de personagens que nos acompanharam durante tanto tempo?

Apesar de ter detestado o final, e certamente muitos outros fãs que leram o obra, acho que, mesmo assim, o livro vale a pena ser lido e desfrutado, ficando o leitor ainda mais apaixonado por um mundo onde os dragões, os elfos, os anões e muitas mais criaturas são uma realidade.

Se não gostarem do final tentem fazer como eu, imaginem um totalmente diferente que vos satisfaça…

“Este é o final da Saga da Herança, muito aguardado em todo o mundo por uma legião de fãs ansiosos”