“A Resistência – Ninguém Pode Decidir Por Ti” de Gemma Malley

Nº de páginas: 317

Preço (Bertrand): 15,90€

Editora: Presença

Ano de lançamento: 2011

“«A Resistência» é a obra que vem dar continuidade a «O Pacto – O Crime de Ter Nascido», que a Presença publicou também nesta colecção. Continuamos no ano de 2140. A imortalidade foi alcançada, mas à custa de renunciar à descendência, através de um compromisso, o Pacto. Peter e Ana são dois Excedentes, duas crianças que não deviam ter nascido e que apesar de viverem como “legais” continuam a rebelar-se contra as leis do estado. Peter recebe a missão de descobrir o que se passa no programa secreto de Longevidade e é então que descobre uma verdade aterradora que o fará questionar tudo aquilo em que sempre acreditou, e até mesmo a sua lealdade para com Anna, a jovem que ama. O suspense e a adrenalina mantêm-se, neste segundo volume, a níveis quase insustentáveis”

O meu comentário:

Depois a alcançarem o verdadeiro direito de habitarem no nosso planeta, Peter e Anna, assim como o pequeno Ben, deixaram de se tratarem de excedentes, apesar de ainda não serem totalmente aceites da sociedade imortal, que os teme, visto que são jovens, algo que já foram à muito e que nunca poderão voltar a ser.

Trabalhando para a Resistência, o jovem tem de ter muito cuidado para não ser apanhado, não colocando o amor da sua vida e a pobre criança, que vê como um filho, em verdadeiro perigo. Porém, este terá de se colocar na toca do inimigo…

Como forma de arranjar algo que possa ajudar a organização a que pertence a triunfar e restaurar a antiga ordem das coisas, o jovem de quinze anos acaba por aceitar ir trabalhar para o seu avô, o verdadeiro responsável pela situação em que se encontra o mundo – este foi o responsável pela Longevidade, um comprimido que faz com que o ser que o tome seja imune a doenças e todos outras problemas que acabem com a vida de um ser humano.

Ao aceitar a proposta que tanto repugnava, Peter acaba por ficar mais próximo de alguém que abomina e que faz de tudo para o separar de todos os que ama realmente, tentando levá-lo a assinar o temível Pacto.

Apesar de Peter tudo fazer para se manter fiel às suas ideias e à vida que tem planeada com Anna, ao descobrir algo que muda tudo – aparentemente, quando estiveram presos como Excedentes no terrível “reformatório” em que a sua mãe era directora, ambos os membros do casal sofreram um tratamento médico que os colocou estéreis, já não podendo realizar o sonho de construírem uma família – este, revoltado com a situação e acreditando que a Resistência sabia do facto, tendo-o usado como uma arma contra o seu avô, acaba por magoar a rapariga que fez com que conhece o amor, tentando obrigá-la a assinar o assustador documento que os pais a ensinaram a odiar.

Assim, podendo ter perdido o seu amor para sempre, Peter parte para junto do seu avô, pondo a hipótese de aceitar a Longevidade, tornando-se uma das pessoas que sempre odiou…

O segundo volume de uma colecção interessante, que, ao início foi um pouco difícil de ler, visto que as primeiras páginas e capítulos eram um pouco aborrecidos. Porém, lá para o final, a história tornou-se cativante, ficando os leitores desesperados com o que se está a passar com Anna e Peter.

Dois pontos que gostei bastante foram a presença de Jude, o meio irmão de Peter, que se trata de um crânio em computadores, e a promessa susceptível do final do livro, que apesar de trazer esperança ao planeta e um futuro belo e feliz para o casal, também me deixa um pouco incomodada com a perspectiva de dois jovens de quinze anos, escondidos da civilização, a tomarem conta de duas crianças.

Agora é só esperar pelo próximo livro e saber se o bem irá triunfar...

Boas leituras!

“Um dos livros mais bem escritos do ano”

Sunday Telegraph