“O Fantasma da Ópera” de Gaston Leroux

Nº de páginas: 328

Preço (Bertrand): 18,00€

Editora: Bico de Pena

Colecção: Pena de Cisne

Ano de lançamento: 2007

“Não há melhor exemplo de fascínio de um clássico. De Dário Argento a Andrew Lloyd Webber, todos os grandes criadores sentiram a tentação de recontar a história de Leroux. Inspirado em acontecimentos reais ocorridos na ópera Garnier, em Paris, em finais do século XIX, «O Fantasma da Ópera» combina o terror e o erotismo de forma inigualável. A queda de um lustre durante uma récita e outros estranhos fenómenos parecem assombrar a ópera Garnier. Estes são atribuídos ao misterioso “fantasma da ópera”, uma criatura sobrenatural, para alguns, um mero sabotador de carne e osso, para outros. Não é verdade que este “fantasma” reclama vinte mil francos por mês e o uso gratuito do camarote nº5 aos proprietários da ópera? Para além disso, a jovem soprano Christine Daae jura ter ouvido, durante a noite, vinda de dentro da parede do seu camarim, uma misteriosa voz que chamava pelo seu nome…”

O meu comentário:

Tendo sempre sido uma assumida admiradora do musical de Andrew Lloyd Webber, principalmente depois de ter assistido ao espectáculo em primeiro mão em Londres, a história em redor de Christine e o Fantasma sempre me intrigou.

Não é para meu espanto quando há algumas semanas descubro na biblioteca municipal da minha cidade o romance que foi origem de tal romance.

Assim, como forma de matar a minha curiosidade, acabei por trazê-lo para casa comigo…

Ao avançarmos as páginas da autoria de Leroux, facilmente reparamos em diversos pontos comuns com a versão que conhecemos. Entretanto, nesta obra o leitor depara-se com os verdadeiros sentimentos das personagens e contacta verdadeiramente com estas, tentando compreender realmente o ponto de vista de Erik, o verdadeiro nome do aclamado Anjo da Música.

Na minha opinião, a leitura desta obra de origem francesa foi interessante e não se tratou de uma completa perda de tempo, apesar de, muitas das vezes, se tornar entediante não nos trazendo o autor novidades do nosso triângulo amoroso.

Contudo, é muito fácil de ler, graças à sua familiar linguagem, à clareza da narrativa e o nosso melhor entendimento dos sentimentos por detrás de tais acontecimentos.

Ao ler este livro também conheci mais profundamente o Fantasma, sendo este retratado como alguém muito mais cruel do que estava habituada, ficando o leitor um pouco mais do lado de Raoul do que do misterioso habitante dos calabouços da ópera.

Porém, depois da leitura afirmo que prefiro muito mais a versão apresentada no cinema e no teatro, já que as personagens não têm tão mau carácter, sendo possível também acompanhar a parte musical e perdoar o pobre homem que nunca soube o que era ser realmente amado.

Agora o meu grande desejo é assistir a «Love Never Dies», a sequela de «O Fantasma da Ópera» onde Christine e o seu amigo de outros tempos se reencontram assistindo o espectador a verdadeiras revelações.

Se forem a Londres já sabem: não se esqueçam de ir assistir às duas peças. Ficarão verdadeiramente encantados!