Nº de páginas: 144
Preço (Bertrand): 11,90€
Editora: Edições ASA
Ano de lançamento: 2007
“Michael Berg, um adolescente nos anos 60, é iniciado no amor por Hanna Schmitz, uma mulher madura, bela, sensual e autoritária. Ele tem 15 anos, ela 36. Os seus encontros decorrem como um ritual: primeiro banham-se, depois ele lê, ela escuta, e finalmente fazem amor. Este período de felicidade incerta tem um fim abrupto quando Hanna desaparece de repente da vida de Michael.
Michael só a encontrará muitos anos mais tarde, envolvida num processo de acusação a ex-guardas dos campos de concentração nazis. Inicia-se então uma reflexão metódica e dolorosa sobre a legitimidade de uma geração, a braços com a vergonha, julgar a geração anterior, responsável por vários crimes.
Perturbadora meditação sobre os destinos da Alemanha, «O Leitor», é desde «O Perfume», o romance alemão mais aplaudido nacional e internacionalmente. Já traduzido em 39 línguas, a obra foi adaptada ao cinema. Para além disso, esse romance foi galardoado em 1997 com os prémios Grinzane Cavour, Hans Fallada e Laure Bataillon. Em 1999 venceu o Prémio de Literatura do Die Welt”
O meu comentário:
Um livro que se lê muito facilmente e que nos desperta os mais diversos sentimentos.
Em primeiro lugar, uma pessoa sente-se um pouco incrédula por uma mulher tem uma espécie de relacionamento com um jovem que praticamente tinha idade para ser seu filho, apercebendo-se que, de certo modo, o que a atraia era a capacidade que este tinha para ler, visto que este era analfabeta.
Por outro lado, sendo a história por detrás por todo o relacionamento um ataque e alguns actos de Hanna durante a segunda guerra mundial, esse momento tão negro e vergonhoso da história da Humanidade assombra a vida dos protagonistas, havendo um reencontro, depois de muitos anos, numa sala de tribunal, durante uma acusação feita à antiga guarda de um campo nazi de ter procedido ao envio de certas cartas a preparar o incêndio a uma igreja.
Contudo, o que nos deixa mais a pensar é no facto de Hanna ser analfabeta e aceitar a acusação que lhe fazem como forma de proteger o seu mais profundo segredo: que ao contrário de muitos outros não sabe ler, nem escrever.
Uma obra que conquistou muitas pessoas, principalmente por nos deixar a pensar se seriamos capazes de protegermos tão afincadamente os nossos segredos com medo de represálias por não termos a capacidade de fazer as mesmas coisas que a maioria da sociedade.
Um livro que vale a pena e não é uma perda de tempo. Os mais preguiçosos também sempre podem optar por ver o filme com a actriz Kate Winslet.
“Até onde iria para proteger um segredo?”
Sem comentários:
Enviar um comentário