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BOAS LEITURAS!!!

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

“Em Troca de Um Coração” de Jodi Picoult

Nº de páginas: 434
Preço (Bertrand): 17,90€
Editora: Civilização Editora
Ano de lançamento: 2009 (3ª edição)

“A aclamada autora apresenta a cativante narrativa de como uma mãe encara a trágica perda de um filho e a última oportunidade de um homem para alcançar a salvação da sua alma.

Shay foi condenado à morte por matar a pequena Elizabeth Nealon e o padrasto. Onze anos mais tardem a irmã de Elizabeth, Claire, precisa de um transplante de coração e Shay, que vai ser executado, oferece-se como dador. Este último desejo do condenado complica o plano de execução, pois uma injecção letal inutilizaria o órgão. Entretanto, a mãe da criança moribunda debate-se com a questão de pôr de parte o ódio para aceitar o coração do homem que matou a sua filha”

O meu comentário:

Depois de ter conhecido o trabalho desta autora com «O Décimo Círculo», não resisti em continuar a acompanhar o seu trabalho acabando por iniciar a leitura de «Em Troca de Um Coração».
Todavia, ao contrário do que aconteceu com o primeiro, fiquei desiludida com esta obra. Apesar do tema tratado ser muito interessante, acho que a autora não o explorou muito bem ficando aborrecida em maior parte do enredo.
Ao contrário do que estava à espera, Picoult não nos apresenta a vida de Elizabeth, Kurt e June antes do fatídico dia, não sendo, ao início, inspirados elevados sentimentos de revolta e incompreensão, visto que não conhecemos as personagens com pormenor.
O facto da história ser contada por diversas personagens, não trazendo, ao início, pormenores muito interessantes à história, também fez com que perdesse a vontade de continuar a lê-la.
Entretanto, a muito mais de metade da intriga, as coisas começam a ficar mais interessantes e viciantes sendo desvendada uma grande injustiça, acabando o leitor por ficar totalmente revoltado com a situação e admirando a personagem em causa, ao contrário do que antes pensava.
Outra coisa que nos chama à atenção é o sentimento de perda de uma mãe que viu partir a sua adorada primogénita, assim como o facto do Padre Michael procurar uma forma de ultrapassar a acção que contribuiu para a morte de uma pessoa.
Por fim, informo-vos também que esta obra tem presente muitas coisas bíblicas, tornando-se um pouco aborrecida também por esse facto, apesar de ter aprendido algumas coisas com essas passagens. Já que falo na religião presente na obra, achei um pouco ridículo que numa passagem em que se reza a oração «Pai Nosso», esta encontra-se incorrecta, sendo omitidas algumas frases e sendo outras trocadas. Isso não devia ser possível…
Pela primeira vez, não digo se devem ler o livro ou não, ficando essa opção dependente de vocês, visto que apesar de não ter gostado muito, como já referi, aprendi algumas coisas novas: a pena de morte nos Estados Unidos, a lei judicial americana, a religião cristã ortodoxa, a judaica e a gnóstica…
Se quiserem aprender alguma destas coisas já sabem… e se já leram este livro espero que deixem aqui a vossa opinião para os leitores deste blog poderem ficar com mais opiniões que podem levá-los a tomar uma decisão.

“Realizava o desejo do seu inimigo para salvar a sua filha?”

2 comentários:

  1. olá Joana (:
    É incrível como os mesmos livros oferecem experiências tão variadas de pessoa para pessoa!
    Eu já li este livro e realmente adorei..
    Concordo que a escritora talvez devesse ter apresentado Elizabeth mas creio que esse nosso desejo enquanto leituras desvanece à medida que conhecemos Shay..
    Discordo que haja "muitas coisas bíblicas" e as que têm não achei de todo aborrecidas, mas sim interessantes..
    é um livro que leva a refletir o leitor e por isso nao deve ser devorado "de golada" :b
    Eu aconselho vivamente!

    Continuação de Boas Leituras (:

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  2. Não sei se repararam, mas a história apresentada no livro é muito parecida (até de mais)com a do filme : Green Mile ou em português, A espera de um milagre.
    Este foi também para mim, um livro decepcionante e que tantas esperanças depositei por ser a escritora que é.

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